sábado, 3 de julho de 2010

Por quem choram as vuvuzelas

Treino é treino, jogo é jogo. Meninos treinam, homens jogam, digo eu. Mestre Didi Folha Seca, autor da frase inicial, teria sido um dos críticos mais ferozes da indigência técnica por que passa o futebol brasileiro, evidenciada pelo fracaso na África.

Aliás, sem surpresa. Foi, como diria Gabriel Garcia Marques, a crônica da morte anunciada. E, curioso, a expectativa para o jogo contra os holandeses parecia anunciar o desastre. A cidade se esvaziou, como se as pessoas tivessem se recolhido em casa para ver o jogo e não dividir o anunciado desastre com os colegas de trabalho.
As malditas vuvuzelas emudeceram. E uma ou outra, alhures, soprava como o boi mugindo triste a caminho do cadafalso. Era vísivel a falta de confiança do torcedor nessa seleção (sic!). Houve um laivo de ilusão quando o time do Dunga ganhou do Chile, velho freguês continental. Levo ivo engano. Até o jornal que se gaba de dizer que não dá prá errar, antecipou a despedida do Brasil em anúncio de um dos patrocinadores.

Foi só questão de horas. Nem mesmo o mais fanático torcedor punha fé. Os nacionalistas - seja lá o que isso signifique nos dias de hoje - ficaram de luto. Luto de araque. Os jornais sequer tiveram criatividade para descrever a derrocada. A melhorzinha foi publicada pelo Diário do Povo, de Campinas: Gostou, Dunga!?.

Um comentário:

  1. O apoio à Seleção só existe quando ganha. Precisamos aprender a eprder e dar apoio nessa hora, que é a mais importante para conseguir nova vitória.

    ResponderExcluir