quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Perseu no inferno (ensaio)

Arrogante, nauseabundo
Perseu se achava o tal
Qual umbigo sem fundo
Não tinha noção do real

Prepotente, demoníaco
Se achava de tudo, capaz
No fundo, era só um maníaco
Pobre e solitário rapaz

Ilhado nessa redoma
Escravo dos seus demônios
Não percebeu o sintoma
Que lhe corroia os neurônios

Vieram os melhores médicos
Mãe de Santo e benzedeira
Uns e outros todos céticos
Perplexos, sem eira nem beira

O pai ausente, choroso acorreu
A mãe, tal e qual messalina
Desgarrada na vida, o filho perdeu
E assim, o inferno ganhou Perseu

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Mestre Anacleto

Inquieto
Tanto quanto
Discreto

Concreto
Direto e reto
Ereto!

Repleto
Nem sempre
Completo

Correto
Não um grande
Intelecto

É Anacleto
Com seu dialeto
E o velho amuleto

Balança o esqueleto
Pede respeito
Sobe ao coreto

O filho dileto
Faz-lhe um afeto
Ensaiam dueto

Abre o livreto
Pinça tema bem seleto
Provoca um minueto

Delira a plebe em sueto
Chega mais o Aniceto
Traz também seu Rigoletto

Agora já é um quarteto
Cada qual com seu folheto
Todos num só projeto

Sobe a música do gueto
Canta a lira do Gepeto
Raspa e vibra o reco-reco



O festeiro é o Bebeto
Com ele nada é secreto
Não tem hora não tem teto

Sobe rojão como espeto
No céu escreve o epiteto
Para o amigo predileto

Nem culto nem analfabeto
Muito menos um ser abjeto
Viveu e morreu Anacleto!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Imagem sem maquiagem

Até pouco tempo era comum ouvir-se que “uma imagem vale mais do que mil palavras”. Se a expressão, usada a cântaros, já destoava dos princípios da semiótica, o advento da Internet e a evolução das ferramentas tecnológicas cuidaram de dar outras conotações àquele jargão. Se a imagem vem ganhando piques (e pixels) de alta resolução e qualidade, não é menos verdade que os recursos para formatar o texto têm sido cada vez mais generosos, abrangentes e acessíveis.

Toda essa modernidade está à mão para facilitar a vida dos comunicadores, quer no campo do marketing, das várias mídias e dos jornalistas que fazem Assessoria de Imprensa. Então, com tantas facilidades, menos dificuldades nas relações com o usuário final, certo? Só até a página nove. Por que, em se tratando daquela outra “imagem” – a que fica na retina crítica do público - o buraco é mais embaixo.

Empresas, da área privada ou governamental, estão sujeitas a ruídos de comunicação se não forem transparentes na divulgação de suas ações e/ou produtos e na formulação de estratégias corretas para correção de rumos quando isso se fizer necessário.

Instituições que “vendem” entretenimento estão mais expostas a ranhuras em sua imagem por que, de certa forma, os “produtos” que oferecem normalmente são destinados a públicos distintos e, portanto, exigem que sua divulgação seja pontual, dirigida. A Assessoria de Imprensa é abastecida por várias fontes e precisa consolidar essa matéria prima em informação linear.

Não pode haver dúvida de informação no texto final, que será divulgado aos jornais, rádio, tevê e web. Por isso, a primeira ação da Assessoria de Imprensa deve ser profilática: checar a possibilidade de alteração na programação em relação a data, horário, local, participantes, bilheteria, acesso ao público etc. Uma vez disparado o texto, torna-se desgastante, para não dizer “mico”, reenviá-lo com a correspondente “errata”.

Dois exemplos com grau de ressonância diferentes. A Assessoria de Imprensa está pronta para iniciar a divulgação de um aguardado show com artistas famosos. O evento é gratuito e a expectativa de público é de casa cheia. No rodapé do texto, onde vão as informações de serviço, deve ficar clara a forma de acesso das pessoas: haverá distribuição antecipada dos ingressos ou as pessoas entram pela ordem de chegada?
Problema aparentemente banal, mas, imagine centenas de pessoas debaixo de um sol escaldante sem ter absoluta certeza de que vai conseguir entrar. Isso gera ruídos desagradáveis que, potencializados, afetam a imagem da instituição no quesito de organização.

Outro caso, este grave: jornalista tinha na pauta a cobertura de uma exposição de arte contemporânea e foi até a galeria conferir o trabalho do artista. Tarde de verão, calor insuportável no recinto, risco de deteriorar as obras ali expostas. Não tendo encontrado quem lhe desse explicações para aquela falha, no dia seguinte elogiou as obras do artista e fez críticas contundentes ao “descaso” da instituição. O problema: a tubulação do ar condicionado se rompera, a pessoa responsável comunicou ao seu diretor mas este não retransmitiu a informação à Assessoria de Imprensa. Um caso típico em que a emenda certamente ficaria pior que o soneto.

Resumindo: a pior crise que uma empresa/instituição enfrenta é aquela em que sua credibilidade fica arranhada. Que o digam as montadoras de carros com os seus cada vez mais frequentes “recall’. O cenário ideal nesse aspecto da comunicação é ruído zero. Nas instâncias de governo, onde o telhado é sempre de vidro, a figura do ouvidor exerce papel fundamental para as relações com a população, a imprensa e demais poderes constituídos. O ouvidor (ou ombudsman) é instrumento que vem tendo curva ascendente de inclusão na estrutura das grandes empresas.

Outro mecanismo prático e funcional é o clipping de notícias – não mais aquele anacrônico calhamaço de papel, mas o virtual que o cliente recebe por Internet em sua mesa de trabalho logo pela manhã. Processo simples que dá à Assessoria de Imprensa as referências e os sinais do que pode interferir na sua agenda de trabalho – e, de preferência, priorizando aquelas que podem ser chamadas de notícias negativas. Prevenir, antecipando-se a possíveis dores de cabeça, ainda é o melhor remédio!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Freaking




O gelo molhou-lhe o cabelo
Sutil, escorreu-lhe pelo grelo
Aquilo não era comum no castelo
Mas o rei tinha um libelo

Não que fizesse por zelo
Porém, usava como apelo
Sabia que um simples selo
Não o tiraria daquele novelo

Havia ainda um gesto singelo
A mensagem gravada no anelo
Trazida pelo eunuco de Otelo
Que a rainha chamava de Belo

Decifrado o enigma, ao prelo
Por que já se faz tarde e o amarelo,
Do fim do dia, prenuncia o duelo
Dessa história de rima e sem paralelo

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A lista de Sendler


A Internet é ferramenta que tudo permite. Cai de tudo na rede. Muita coisa é porcaria. Cabe a cada um filtrar o que lhe interessa. E é disso que trata a mensagem que acabo de receber do meu amigo Cyrilo Luciano Gomes, filho do saudoso professor Nicanor dos nossos tempos de adolescente em Assis.
Pois o Luciano está replicando o texto que circula na rede mundial com a história de Irena Sendler, polonesa que morreu aos 98 anos em 12 de maio de 2008. Vou resumir o email, que é longo e carece de algumas correções históricas e de tradução. Tio Gugol e tia Wiki estão nessa.

A maioria já ouviu falar ou assistiu ao filme e sabe quem foi Schindler, o alemão que “comprou” a liberdade de 1.100 judeus, e cuja história acabou em filme. Pois a polaca Irena Sendler salvou a vida de 2.500 crianças, foi perseguida, torturada e condenada à morte. Sobreviveu e, mesmo depois do que fez, terminada a guerra, continuava a se sentir com a consciência pesada por achar que poderia ter salvado muito mais crianças.

Filha de médico, formada assistente social, na época em que os nazistas tomaram Varsóvia, em 1939, Irena se integrou como voluntária ao comitê de ajuda aos judeus (chamado de Zegota) e conseguiu autorização dos alemães para trabalhar no setor de doenças contagiosas. Temerosos de uma epidemia de tifo, os invasores permitiam que os poloneses tomassem conta daquela ala sanitária.

Pos em prática seu plano depois de conversar com as famílias das crianças. Primeiro, transportava-as de ambulância para fora do hospital, simulando que estavam com tifo. Depois, as escondia em sacos de lixo, de batatas, caixotes, e em embalagens de produtos de limpeza, e as levava em sua caminhonete. Diz a lenda que, nessas idas e vindas, tinha como ajudante estratégico um cachorro que havia adestrado para latir somente quando passasse pelos soldados nazistas.
Descoberta, foi torturada mas jamais entregou os nomes das crianças ou de suas colaboradoras. Condenada à morte, há duas versões controversas que narram como ela sobreviveu. Numa, um soldado alemão simulou que a interrogaria novamente, levou-a para fora das muralhas da prisão de Pawiak e mandou que ela corresse para a liberdade. Na manhã seguinte, o nome do soldado estava na lista dos executados do dia pela Gestapo. Noutra versão, os dirigentes da Zegota (o comitê de ajuda aos judeus) teriam subornado os soldados alemães, que colocaram o nome de Irena na lista dos executados. Solta, ela passou a viver na clandestinidade até o final da guerra.

As crianças conheciam Irena pelo codinome de Jolanta. Ela escreveu seus nomes em listas que guardou em dois potes de vidro e os enterrou no jardim de uma casa vizinha. Quando a guerra acabou, Irena entregou as listas a Adolf Berman, o primeiro dirigente do Comitê de Salvação dos Judeus Sobreviventes. E ali começava outro drama. A maioria das famílias daquelas crianças havia sido executada nos campos de concentração. As crianças foram adotadas ou levadas para orfanatos e, depois, enviadas para a Palestina.

A identidade de Irena Sendler começou a ser revelada em 1965, quando recebeu a medalha “Justo entre as Nações do Mundo”, conferida pelo Instituto Yod Vashem a estrangeiros que salvaram os judeus das atrocidades da Segunda Guerra Mundial. Um homem viu a foto dela e lhe disse ao telefone: “Lembro-me de sua cara. Foi você quem me tirou do gueto”. A partir daí, outras “crianças” fizeram o mesmo e eles puderam rever a heroína que os salvara.

Mas só em 1999, quando a Internet ainda engatinhava, é que o mundo começou a conhecer a história dessa mulher que resgatou 2.500 crianças do extermínio nazista. Numa escola protestante da zona rural do Kansas (EUA), quatro alunas se uniram para pesquisar a vida de pessoas que, como o soldado alemão da Lista de Schlinder, ajudaram a salvar judeus da morte. A sugestão do professor de História, tirada de um recorte de jornal, incluía o nome de Irena Sendler.

Elas acabaram indo ao encontro de Irena, então com 90 anos, e o trabalho resultou na peça de teatro, A vida num pote de vidro, que rodou os Estados Unidos, Europa e chegou na Polônia. O estupendo nisso tudo é que, em 2001 havia apenas uma citação de Irena na Internet. Menos de 10 anos depois, nesse exato momento, são mais de 100 mil referências.

Em 2007, um ano antes de sua morte, o governo da Polônia e o Estado de Israel apresentaram a candidatura de Irena Sendler para concorrer ao Prêmio Nobel da Paz. Quem ganhou foi o vice-presidente dos EUA, Al Gore, por sua luta em defesa do meio-ambiente. Em 2009, a história dessa mulher incrível, que ficou conhecida como a Mãe das Crianças do Holocausto ou O Anjo do Gueto de Varsóvia, foi levada para a televisão nos EUA. O Corajoso Coração de Irena Sendler ainda não passou por aqui.

domingo, 17 de outubro de 2010

Necró

Na horta, a moça morta
Tinha um golpe na aorta
Pela porta via-se
Que ela estava torta

Ao lado dela uma corda
Mas quem se importa
Se a moça já estava morta?

A sirene anuncia a polícia
Quer saber da notícia
Mas padece de malícia
E pouco sabe de perícia

O bisturi risca e corta
O sangue jorra pela aorta
É tarde, Inês é morta!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Rapsódia - 1º adágio

Muito Prazer!

Você não me conhece
Não sabe de onde venho,
Nem saca prondequivou.
Não sabe mesmo quem sou?

Então, prestatenção
Bota olho nessas rimas
Vou lhe dizer quem soy yo

Se não quiser saber
Tô me lixando biju
Tô nem aí...sáporque?

Porque sou isto e sou aquilo
Sou tudo, e tudo que sei
Como diz o velho filó Platão
É que sei que nada sei

Sou o diabo do pão amassado
O berço que balança a mão
Uma idéia na mão
E uma câmera na cabeça

Sou razão e também sou emoção
Sou pedra dura tanto bate até que fura
Sou o guardião da fertilidade
E da santa sé das putas virgens

Sou libélula, sou lagarto
Sou verdade, sou mentira
Sou alter, sou ego

Sou cego, sou vidente
Sou a mosca, sou Raul
Sou Zé ninguém, sou poder

Sou tangível, sou invencível
Sou negro, sou branco
Sou pateta, sou sagaz
Sou a sombra, sou a luz

Sou legal, mas imoral
Sou vital, também fatal
Sou demais, sou quase pouco
Sou vereda e sou sertão

Sou o que sou
Sou dual
fundamental
Sou normal
-------------------------------
Sou a flor e sou o espinho
Sou animal, sou vegetal
Sou a ânsia de viver!

Sou vilão, sou herói
Hei malandro! sou honesto
Se liga jacaré

Sou sabido..e apedeuta
Sou pecador mon ami
Mas também sei ser careta

Sou a vã filosofia
A atitude perdida
O luar do céu de chumbo
A dor do parto adiado

Sou a perfeição em pessoa,
A fina flor do cortiço
O Abel que ferrou Caim
O Maquiavel de plantão

Sou mel na sopa,
Veneno na alma
A luz no fim do túnel
O abraço do traidor

Sou a esperança perdida
O xis da questão insolúvel
A pomba da paz.
E a bomba de Hiroshima!

Sou sim, mas quem não é?
Sou o brado retumbante
A corda e a caçamba
O último sopro da vela

O calcanhar de Aquiles
O frio da madrugada
O calor da menopausa
E o berro do velho Quincas

Sacô, mano velho?
Já sabe com quem tá falando?
Teje preso mermão
Que o bicho vai pegar!

Mas se ficar o bicho come,
Diz o dito popular
Sou marrudo fico aqui
Sou covarde dou no pé

Mas quem não é???
Causa e efeito,
O punhal do Brutus,
O gatilho que ferrou o Kennedy

-----------------------
Sou o que sou
Sou dual
fundamental
Sou normal

Sou lâmpada e mariposa
Estrela decadente
Sou tirano e soberano
Sou papel de embrulhar pão

Também sou o esterco da vaca
O esbórnio da humanidade
A mãe da desgraça eterna
E o brucutu da caverna

Sabem o que mais eu sou?
Sou a forma e o conteúdo
Impossível pero improvável
Sou flexível...vergo mas não quebro

Sou Macunaíma...mas também
Sou Casanova e quinta coluna
Sou Bob Marley e Jane Joplins.
Sou uma brasa, mora!

Sou tanto e nada sou
Pegadas na areia,
Sexo sem orgasmo,
Prazer e dor

Por fim, but not least,
Sou a continuidade,
O elo da humanidade
E o capítulo seguinte!

Então, gravando no três
E chamando comerciais
Um...Dois...Três
Everybody náu

Sou o que sou
Sou dual
fundamental
Sou normal...

sábado, 3 de julho de 2010

Por quem choram as vuvuzelas

Treino é treino, jogo é jogo. Meninos treinam, homens jogam, digo eu. Mestre Didi Folha Seca, autor da frase inicial, teria sido um dos críticos mais ferozes da indigência técnica por que passa o futebol brasileiro, evidenciada pelo fracaso na África.

Aliás, sem surpresa. Foi, como diria Gabriel Garcia Marques, a crônica da morte anunciada. E, curioso, a expectativa para o jogo contra os holandeses parecia anunciar o desastre. A cidade se esvaziou, como se as pessoas tivessem se recolhido em casa para ver o jogo e não dividir o anunciado desastre com os colegas de trabalho.
As malditas vuvuzelas emudeceram. E uma ou outra, alhures, soprava como o boi mugindo triste a caminho do cadafalso. Era vísivel a falta de confiança do torcedor nessa seleção (sic!). Houve um laivo de ilusão quando o time do Dunga ganhou do Chile, velho freguês continental. Levo ivo engano. Até o jornal que se gaba de dizer que não dá prá errar, antecipou a despedida do Brasil em anúncio de um dos patrocinadores.

Foi só questão de horas. Nem mesmo o mais fanático torcedor punha fé. Os nacionalistas - seja lá o que isso signifique nos dias de hoje - ficaram de luto. Luto de araque. Os jornais sequer tiveram criatividade para descrever a derrocada. A melhorzinha foi publicada pelo Diário do Povo, de Campinas: Gostou, Dunga!?.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Chico Mendes, 52

Viver é perigoso, dizia Guimarães Rosa. Já estava com o texto de estréia deste blog pronto para ser postado quando recebi a notícia de que o Chico Mendes havia nos deixado.Morrer é o capítulo final da vida. E é disso que as pessoas falam nos dias seguintes à morte, dependendo de como ela se deu.

O Chiquinho era chamado de Pelé pelos familiares. Logo que o conheci não entendi o por quê do apelido. Afinal, era baixinho, branquelo, o futebol nunca foi seu esporte predileto. Seu hobbye e orgulho era a Harley Davidson que o levava nas asas da liberdade aonde fosse. E foi a bordo dessa paixão que ele escreveu o último parágrafo de sua aventura terrestre. As inexplicáveis causas do acidente ficaram na curva de uma rua de Santana, bem perto de sua casa, quase em frente onde mora a irmã e a poucos metros do Raimundo, um dos points que freqüentava no fim de semana.

Aprendi a respeitar e a admirar o Chico logo de cara. É fácil identificar o bom caráter em poucos dedos de prosa. Quando, de fato, o sujeito é bom caráter. Altos papos sobre atividades e gostos comuns. E aos poucos vai ficando bem claro por que Pelé. Se alguém quiser saber exatamente a razão desse honroso apelido, não pergunte a nenhum dos familiares do Chiquinho. Claro, são suspeitos. Faça assim: dê um pulo até a página do jornalista José Neumanne Pinto na internet (http://blog.neumanne.jor.br/)., de quem Chico Mendes foi pai, irmão, filho, amigo e escudeiro fiel de tantos anos.
Chico, meu rapaz! Você vai fazer muita falta nesse deserto de idéias e de gente de bem. Aquele chopp com o Zé Neumanne no Bar Léo, que Você agendou, continua de pé. E, lá, brindaremos ao privilégio de tê-lo conhecido.